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KYDELMIR DANTAS – Filho ilustre da Princesinha do Curimataú
Coluna do Cordel
Publicado em 06/09/2020

Autor: IVALDO BATISTA

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Nesse cordel vou falar de um sujeito

De um bom caboclo paraibano

Fã de Ariano e gonzaguiano 

Cabra sério, honesto e direito

Reconhecido tem grande conceito

Eu o conhecia só de ouvir

O seu nome é Antônio Kydelmir

Da família dos Dantas de Oliveira.

Um irmão, um amigo de primeira

Mossoró Jamais vai me desmentir.

 

Filho da professora Angelita

Dantas de Oliveira, já no céu

E seu pai, pra o qual tira o chapéu

Falecido, mas ficou bem na fita.

Viveu bem pela graça inaudita

Manoel Batista de Oliveira

Conhecido pela cidade inteira

Um agricultor, um homem de fé

Em Nova Floresta era “SEU NÉ”

Para fazer filhos, fez de fileira.

 

 

A prole de Seu Né foi feito grãos

De areia tal qual o patriarca

Nordestino feito Abraão marca

Todos eles criados e cristãos

Kydelmir tem três irmãs, três irmãos

Pega o papel e anota aí

Elas são: Kênia, Kilma e Kidelci

Eles são Kidelman e Kidelmar.

Tem sobrinho irmão que a vida dar

Bom lembrar o seu irmão Raoni.

 

Kydelmir nasceu em Nova Floresta

Interior da Paraíba eu lembro

Foi no dia seis, no mês de setembro

Ano Cinqüenta e oito foi a festa.

Claro que ele vai dá pra o que presta

Na família toda ninguém duvida

Um sujeito esforçado na vida

Estudante e grande batalhador.

Um matuto muito trabalhador

Seu suor lhe trouxe toda guarida.

 

Em Nova Floresta ele estudou

No grupo escolar JOSÉ PEREIRA

Cursou o primário desde a primeira

Quatro anos ali ele passou.

Depois foi pra Currais Novos e cursou

No Ginásio Agrícola, Quatro anos 

Longe de seus irmãos paraibanos

Estudou o tal do ginasial.

Equivalente ao fundamental

Kydelmir já traçava os seus planos.

 

Fez estudos de Agropecuária

No Agrícola lá de Macaíba

Sendo técnico, voltou à Paraíba

Sua vida em nada é sedentária.

Entrou na vida Universitária

Estudou seu curso superior

Kydelmir sabia-se vencedor

E um dia assim se formaria.

Na UFPB, Agronomia,

O sujeito então virou doutor.

 

Lá em Bananeiras foi professor

No Agrícola Vidal de Negreiros

Eram esses os seus passos primeiros

Iniciando a vida no labor.

Por dois anos mostrou o seu valor

Como docente nesse campo agrário

Em seguida tornou-se funcionário

Da Petrobras, no campo em Mossoró.

E por lá juntou amigos que só

Inclusive os do mundo literário.

 

Há quatro anos já aposentado

Mas sempre procurando o que fazer

Como voluntário ele foi ser

Professor, é assim apresentado.

Nos projetos ele tem ajudado

Muitos desses projetos em extensão

Na Universidade em ação 

Cuja necessidade então demande

Na UF lá de Campina Grande

Campos de Cuité é sua missão.

 

Um Novaflorestense nessa sina

Publicando as crônicas e artigos

Conquistou no Brasil tantos amigos

Defendendo a cultura nordestina. 

Tem ao lado dele uma “menina”

Uma cúmplice, uma companheira

Eu nem sei sua idade verdadeira

Tesoureira, blogueira e tudo mais 

Nerizângela, prepara o cartaz

Nesse Banner, posa de cangaceira.

 

Kydelmir um amigo gente fina

Torcedor do Clube Vasco da Gama

Time que esse nordestino ama

Somos dessa torcida vascaína.

Também somos cultura nordestina

Ele gosta de escrever cordel

Nesse campo tem feito seu papel

Responsável por grande produção.

Sobre Luiz Gonzaga e Lampião

Esse cabra merece um Nobel. 

 

Kydelmir, um caboclo de valor

Professor e mestre na poesia

Teve formação em agronomia

Também quis ser poeta e escritor.

É reconhecido pesquisador

De mulheres ele tem uma lista!

Na relação, só mulher cordelista,

Expliquei pra ele não apanhar.

Sua noiva pode se acalmar

Ela é, dele, a maior conquista.

 

De cordéis, ele já fez coleção

Tem o Cangaceiro atrapaiado 

Bule Bule se encontra com o Xaxado

Pela região no grande Sertão.

Também tem o valente e Lampião 

Quem quiser saber vá procurar mais

Ele fez ABC da Petrobras 

Outro cordel que ele escreveu.

O folheto: “ESSE CARA SOU EU”

Kydelmir hoje tem muito cartaz. 

 

Disse que: As mulheres cangaceiras

Elas humanizaram o Cangaço

Discorrendo o tema sai pra o abraço

Dando aulas e palestras inteiras.

Sobre outras mulheres brasileiras

Fez as mossoroenses em sua história

Nova Floresta em sua trajetória

Tanta história seu filho ilustre vê.

Jackson do Pandeiro num ABC 

Gonzagão e PB está na memória.

 

Mais de dez livros ele escreveu

O Nordeste é sempre referência

O assunto domina a preferência

Sua terra jamais ele esqueceu.

De tudo que Kydelmir descreveu

Vejo os laços fortes com o seu chão

Seu torrão vai dentro do coração

Ligação quase que umbilical.

É vinculado a terra natal

Nordestino que ama seu torrão.

 

Entre os livros eu vi na relação

Trio Mossoró, uma Antologia

O valor potiguar revelaria

É ligado a Cangaço e Lampião

E também Gonzaga Rei do Baião 

Também escreveu “Galos de Campina”

Numa parceria bem matutina,

Bráulio Tavares e Jessier Quirino. 

Isso foi providência do divino

Pra selar a união nordestina.

 

 

Junto ao maior fã de Zé Ramalho 

Que o Brejo do Cruz já viu um dia

Uma obra fizeram em parceria

Foi cordel feito cocha de retalho

Com Aurílio Santos foi o trabalho  

Mostrou o cantor e compositor

Esse paraibano de valor

Que está eternizado em cordel.

Paraíba tem visto em seu plantel

Kydelmir é um colaborador.

 

Ele é pai de Joaquim Adelino

E também pai de João Daniel

Como pai é fiel no seu papel

Orientando quanto ao destino

Kydelmir é bom pai, assim defino

Cada filho é boa criatura

Outros filhos dele estão na cultura

Tudo aquilo que já deixou escrito.

Fazer livros, é como eu tenho dito

Você morre, mas a obra perdura.

 

Kydelmir, sócio em várias entidades

Não dá nem pra dizer tudo a você

É um membro da SBEC, pode vê, 

E em outras com mais noticidades.

Academias em várias cidades

Ele está entre os sujeitos cultos

Associações e em Institutos

Conselheiro do CARIRI CANGAÇO. 

Nas ponderações que hoje eu faço

É o mais importante dos matutos.

 

Muitas das entidades culturais

O POEMA, não deixo de citar

O ICOP, no oeste potiguar

No Rio Grande do Norte tem mais

No Instituto Histórico é um às

Estado que respira poesia

Faz parte também da Academia

Norte Rio Grandense do Cordel. 

Kydelmir passou na Serra do Mel 

E do Doce, claro que provaria.

 

Ao morar longe do torrão natal

Encarou tudo em fim sem atrapalho

Foi a necessidade do trabalho

Atendeu seu lado profissional.

Depois disso traçou outro ideal

Vive hoje “De volta ao aconchego” 

No seu “PÉ de Serra” tem todo apego

Isso é sina de gente nordestina. 

Hoje a sua noiva a “tal menina”

Na urêia buzina: É o meu nêgo! 

 

No Vale do Paraíba chegou

ACVPB também lhe deu asa

Sendo recebido em sua casa

Depois que noutras terras transitou.

Essa Academia lhe abraçou

Um reconhecimento regional

Ele já é um cabra imortal 

Em diversas uniões nacionais.

Tal qual a de Estudos Sociais

Em São Paulo, o caboclo é nacional.

 

Nesse dia de sol, teve um chuvisco

Que a gente taxou de pandemia

Que em nada ofusca a alegria

Seu desejo, um palpite aqui arrisco

Era ter aqui Antônio Francisco

Pra seus belos poemas recitar

Declamar poesias, assim brindar 

Pra o Novaflorestense sorrir.

Cantar parabéns para Kydelmir

E então todo mundo lhe abraçar.

 

Eu não sei quantos anos ele faz

Só me lembro que termina em dois

Apôis faça a conta aí depois 

Só calcule que eu faço o cartaz 

Corre logo depressa e me traz 

O estoque de vela que tivé 

E convide a Serra do Cuité 

Vá com fé e traga o necessário. 

Por que hoje é o aniversário

Desse filho de Angelita e Seu Né. 

 

A cidade toda vai fazer festa

Quem atesta esse borogodó

É o povo lá do Bodocongó

Xico e Zé Nobre querem ir nesta

Resta só saber em Nova Floresta

Se Kydelmir confirma esse angu

Estou saindo de Caruaru

Vou direto lá pra sua terrinha.

Que é conhecida por Princesinha

Lá no Vale do Curimataú. 

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