Autor: IVALDO BATISTA
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Nesse cordel vou falar de um sujeito
De um bom caboclo paraibano
Fã de Ariano e gonzaguiano
Cabra sério, honesto e direito
Reconhecido tem grande conceito
Eu o conhecia só de ouvir
O seu nome é Antônio Kydelmir
Da família dos Dantas de Oliveira.
Um irmão, um amigo de primeira
Mossoró Jamais vai me desmentir.
Filho da professora Angelita
Dantas de Oliveira, já no céu
E seu pai, pra o qual tira o chapéu
Falecido, mas ficou bem na fita.
Viveu bem pela graça inaudita
Manoel Batista de Oliveira
Conhecido pela cidade inteira
Um agricultor, um homem de fé
Em Nova Floresta era “SEU NÉ”
Para fazer filhos, fez de fileira.
A prole de Seu Né foi feito grãos
De areia tal qual o patriarca
Nordestino feito Abraão marca
Todos eles criados e cristãos
Kydelmir tem três irmãs, três irmãos
Pega o papel e anota aí
Elas são: Kênia, Kilma e Kidelci
Eles são Kidelman e Kidelmar.
Tem sobrinho irmão que a vida dar
Bom lembrar o seu irmão Raoni.
Kydelmir nasceu em Nova Floresta
Interior da Paraíba eu lembro
Foi no dia seis, no mês de setembro
Ano Cinqüenta e oito foi a festa.
Claro que ele vai dá pra o que presta
Na família toda ninguém duvida
Um sujeito esforçado na vida
Estudante e grande batalhador.
Um matuto muito trabalhador
Seu suor lhe trouxe toda guarida.
Em Nova Floresta ele estudou
No grupo escolar JOSÉ PEREIRA
Cursou o primário desde a primeira
Quatro anos ali ele passou.
Depois foi pra Currais Novos e cursou
No Ginásio Agrícola, Quatro anos
Longe de seus irmãos paraibanos
Estudou o tal do ginasial.
Equivalente ao fundamental
Kydelmir já traçava os seus planos.
Fez estudos de Agropecuária
No Agrícola lá de Macaíba
Sendo técnico, voltou à Paraíba
Sua vida em nada é sedentária.
Entrou na vida Universitária
Estudou seu curso superior
Kydelmir sabia-se vencedor
E um dia assim se formaria.
Na UFPB, Agronomia,
O sujeito então virou doutor.
Lá em Bananeiras foi professor
No Agrícola Vidal de Negreiros
Eram esses os seus passos primeiros
Iniciando a vida no labor.
Por dois anos mostrou o seu valor
Como docente nesse campo agrário
Em seguida tornou-se funcionário
Da Petrobras, no campo em Mossoró.
E por lá juntou amigos que só
Inclusive os do mundo literário.
Há quatro anos já aposentado
Mas sempre procurando o que fazer
Como voluntário ele foi ser
Professor, é assim apresentado.
Nos projetos ele tem ajudado
Muitos desses projetos em extensão
Na Universidade em ação
Cuja necessidade então demande
Na UF lá de Campina Grande
Campos de Cuité é sua missão.
Um Novaflorestense nessa sina
Publicando as crônicas e artigos
Conquistou no Brasil tantos amigos
Defendendo a cultura nordestina.
Tem ao lado dele uma “menina”
Uma cúmplice, uma companheira
Eu nem sei sua idade verdadeira
Tesoureira, blogueira e tudo mais
Nerizângela, prepara o cartaz
Nesse Banner, posa de cangaceira.
Kydelmir um amigo gente fina
Torcedor do Clube Vasco da Gama
Time que esse nordestino ama
Somos dessa torcida vascaína.
Também somos cultura nordestina
Ele gosta de escrever cordel
Nesse campo tem feito seu papel
Responsável por grande produção.
Sobre Luiz Gonzaga e Lampião
Esse cabra merece um Nobel.
Kydelmir, um caboclo de valor
Professor e mestre na poesia
Teve formação em agronomia
Também quis ser poeta e escritor.
É reconhecido pesquisador
De mulheres ele tem uma lista!
Na relação, só mulher cordelista,
Expliquei pra ele não apanhar.
Sua noiva pode se acalmar
Ela é, dele, a maior conquista.
De cordéis, ele já fez coleção
Tem o Cangaceiro atrapaiado
Bule Bule se encontra com o Xaxado
Pela região no grande Sertão.
Também tem o valente e Lampião
Quem quiser saber vá procurar mais
Ele fez ABC da Petrobras
Outro cordel que ele escreveu.
O folheto: “ESSE CARA SOU EU”
Kydelmir hoje tem muito cartaz.
Disse que: As mulheres cangaceiras
Elas humanizaram o Cangaço
Discorrendo o tema sai pra o abraço
Dando aulas e palestras inteiras.
Sobre outras mulheres brasileiras
Fez as mossoroenses em sua história
Nova Floresta em sua trajetória
Tanta história seu filho ilustre vê.
Jackson do Pandeiro num ABC
Gonzagão e PB está na memória.
Mais de dez livros ele escreveu
O Nordeste é sempre referência
O assunto domina a preferência
Sua terra jamais ele esqueceu.
De tudo que Kydelmir descreveu
Vejo os laços fortes com o seu chão
Seu torrão vai dentro do coração
Ligação quase que umbilical.
É vinculado a terra natal
Nordestino que ama seu torrão.
Entre os livros eu vi na relação
Trio Mossoró, uma Antologia
O valor potiguar revelaria
É ligado a Cangaço e Lampião
E também Gonzaga Rei do Baião
Também escreveu “Galos de Campina”
Numa parceria bem matutina,
Bráulio Tavares e Jessier Quirino.
Isso foi providência do divino
Pra selar a união nordestina.
Junto ao maior fã de Zé Ramalho
Que o Brejo do Cruz já viu um dia
Uma obra fizeram em parceria
Foi cordel feito cocha de retalho
Com Aurílio Santos foi o trabalho
Mostrou o cantor e compositor
Esse paraibano de valor
Que está eternizado em cordel.
Paraíba tem visto em seu plantel
Kydelmir é um colaborador.
Ele é pai de Joaquim Adelino
E também pai de João Daniel
Como pai é fiel no seu papel
Orientando quanto ao destino
Kydelmir é bom pai, assim defino
Cada filho é boa criatura
Outros filhos dele estão na cultura
Tudo aquilo que já deixou escrito.
Fazer livros, é como eu tenho dito
Você morre, mas a obra perdura.
Kydelmir, sócio em várias entidades
Não dá nem pra dizer tudo a você
É um membro da SBEC, pode vê,
E em outras com mais noticidades.
Academias em várias cidades
Ele está entre os sujeitos cultos
Associações e em Institutos
Conselheiro do CARIRI CANGAÇO.
Nas ponderações que hoje eu faço
É o mais importante dos matutos.
Muitas das entidades culturais
O POEMA, não deixo de citar
O ICOP, no oeste potiguar
No Rio Grande do Norte tem mais
No Instituto Histórico é um às
Estado que respira poesia
Faz parte também da Academia
Norte Rio Grandense do Cordel.
Kydelmir passou na Serra do Mel
E do Doce, claro que provaria.
Ao morar longe do torrão natal
Encarou tudo em fim sem atrapalho
Foi a necessidade do trabalho
Atendeu seu lado profissional.
Depois disso traçou outro ideal
Vive hoje “De volta ao aconchego”
No seu “PÉ de Serra” tem todo apego
Isso é sina de gente nordestina.
Hoje a sua noiva a “tal menina”
Na urêia buzina: É o meu nêgo!
No Vale do Paraíba chegou
ACVPB também lhe deu asa
Sendo recebido em sua casa
Depois que noutras terras transitou.
Essa Academia lhe abraçou
Um reconhecimento regional
Ele já é um cabra imortal
Em diversas uniões nacionais.
Tal qual a de Estudos Sociais
Em São Paulo, o caboclo é nacional.
Nesse dia de sol, teve um chuvisco
Que a gente taxou de pandemia
Que em nada ofusca a alegria
Seu desejo, um palpite aqui arrisco
Era ter aqui Antônio Francisco
Pra seus belos poemas recitar
Declamar poesias, assim brindar
Pra o Novaflorestense sorrir.
Cantar parabéns para Kydelmir
E então todo mundo lhe abraçar.
Eu não sei quantos anos ele faz
Só me lembro que termina em dois
Apôis faça a conta aí depois
Só calcule que eu faço o cartaz
Corre logo depressa e me traz
O estoque de vela que tivé
E convide a Serra do Cuité
Vá com fé e traga o necessário.
Por que hoje é o aniversário
Desse filho de Angelita e Seu Né.
A cidade toda vai fazer festa
Quem atesta esse borogodó
É o povo lá do Bodocongó
Xico e Zé Nobre querem ir nesta
Resta só saber em Nova Floresta
Se Kydelmir confirma esse angu
Estou saindo de Caruaru
Vou direto lá pra sua terrinha.
Que é conhecida por Princesinha
Lá no Vale do Curimataú.