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FLAMENGO – Uma vez Flamengo, sempre...
Coluna do Cordel
Publicado em 10/02/2020

 Autor: Ivaldo Batista

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Ao carioca eu peço

E toda imensa nação

Que escute os meus versos

Com bastante atenção

Eu dedico a “’E” meu dengo

Este cordel do Flamengo

Nosso querido Mengão.

 

Eu busquei uma razão

Mas encontrei mais de mil

Pra toda essa paixão

No coração do Brasil

Rubros negros nesses anos

Entre gregos e troianos

Afirmam seu senhoril.

 

Por todo esse céu anil

Vejo alegria geral

Disse Benito de Paula

Que não há torcida igual

O Rio é preto e vermelho

O Flamengo é espelho

É um time especial.

 

É orgulho nacional

Cantando dá para ver

Cante: “Uma vez Flamengo”

“Flamengo sempre hei de ser”

A torcida do mengão

Entoa com emoção

“Flamengo até morrer”.

 

Narro pra você saber

Acerca de sua gloria

Como foi que iniciou

Essa grande trajetória

Conforme eu pesquisei

Eu garanto que já sei

Tenho tudo na memória.

 

Essa história é notória

O Flamengo começou

Como um Club de Regatas

Foi que tudo iniciou

Para disputas de remos

Conforme os sites que lemos

Esse sonho acalentou.

 

Foi assim que se formou

Zé Agostinho Pereira

Convidou Seu Nestor Barros

E Augusto da Silveira

Com Mário Spíndola ali

Os quatro pelo que vi

Decidiram de primeira.

 

Foi com uma baleeira

Que as esperanças surgiram

José Félix e Felisberto

Com os quatro contribuíram

Lá no largo do Machado

Tudo lá foi comentado

E nesse sonho partiram.

 

Depois que adquiriram

A velha embarcação

Investiram um dinheiro

Em sua restauração

“Pherusa” foi nome dado

A o barco restaurado

Com grande empolgação.

 

Mas veio a frustração

Pherusa não aguentou

O pessoal foi buscar

Viu que tão bela ficou

A tempestade do mar

Fez o barco afundar

O sonho não naufragou.

 

O pessoal se salvou

O sonho foi adiado

Fizeram investimento

O barco foi restaurado

Preparado pra batalha

O sonho virou migalha

Quando o barco foi roubado.

 

Nunca mais foi encontrado

Mas pra cumprir a missão

Outro barco foi comprado

Foi nova aquisição

“Scyra” é o nome do barco

Com isso temos o marco

Para essa fundação.

 

A noite da decisão

Na casa vinte e dois lembro

Lá na praia do Flamengo

Dezessete de novembro

Do ano noventa e cinco (1895)

Resulta de todo afinco

O Remo  tem mais um membro.

 

Naquela noite relembro

Tenho a direção em mente

Primeira diretoria

Eleita ficando ä frente

Isto não é um segredo

Domingos Marques Azevedo

Foi eleito presidente.

 

Havia ali tanta gente

Francisco Lucci ficou

Como vice-presidente

E Nestor Barros ganhou

O cargo de Secretário

Felisberto no cenário

Foi tesoureiro e somou.

 

A direção se formou

Ficando assim ao final

A data da fundação

ficou esta oficial

data 15 de novembro

nesse cordel aqui lembro

feriado nacional.

 

Todos que deram aval

Todos eles são credores

Ali foram destacados

Como sócios-torcedores

Finalizo a questão

Eu falei da fundação

E todos seus diretores

 

Eram todos torcedores

Das cores vermelha e preta

Antes eram outras cores

Pesquisei feito um xereta

Sabemos de norte a sul

Que era ouro e azul

Digo isso sem mutreta

 

Aqui na minha prancheta

Em minhas anotações

O mengo se destacou

Em várias competições

Como um Club de Regatas

Vi no registro nas atas

As boas colocações.

 

Fez novas aquisições

O Flamengo foi somando

E novos barcos comprados

E o clube conquistando

Logo vem o futebol

Terá um lugar ao sol

Esse dia vai chegando.

 

Quando o ano foi findando

Uma assembleia aprovou

Departamento de esporte

Foi assim que iniciou

Eu vi postado na Net

Foi com Alberto Borgerth

Que a proposta avançou.

 

O time assim se formou

Borguerth na direção

Nesse esporte terrestre

Nascido de uma cisão

Era oito do mês onze

Mil novecentos e onze

Clube de bronze é mengão.

 

Com o time em formação

Grande foi seu ideal

O Flamengo respeitado

No âmbito nacional

O mundo todo conhece

Do mengão ninguém esquece

No plano internacional.

Lá na sede social

Está bem localizado

O seu estádio da Gávea

Na rua Raul Machado

O José Bastos Padilha

E o seu time que brilha

Desde que fora criado.

 

Eu lembro bem do passado

De Petkovic e Adriano

Leônidas e Adilson

Ziza, Dida meu mano

Leandro, Nunes e Zico

Não quero fazer fuxico

Foi o maior não me engano.

 

Entra ano e sai ano

Pode ter Junior ou Juninho

O torcedor flamenguista

Exalta mesmo o galinho

Zico foi especial

Não houve outro igual

Falam dele com carinho.

 

Hoje o time tem Vitinho

Rafinha e Gabriel

De Arrascaeta e Gerson

Arão, Marcio Rafael

João Lucas e Renê

Lucas, Diego e você

Querendo todo plantel.

 

Tem Yuri e Michael

Lincoln, Filipe Ribeiro

Bruno Henrique e Pedro

Diego Alves, goleiro

Cesar, Souza e Batista

Aqui esse cordelista

Pôs no cordel pioneiro.

 

Cito o time inteiro

E o torcedor tudo anota

T. Maia, Matheus e Lázaro

Thuler e Pires da Motta

Gustavo e Rodrigo Caio

Cito Tiago e saio

Encerro aqui essa nota.

 

Vamos entra nessa cota

Nesse time campeão

Que se mostrou aguerrido

Em cada situação

Um time que surpreende

O povo assim compreende

Sua bela atuação.

 

Há sempre uma eleição

Feita para dirigente

Saiu sempre um vencedor

Chamamos de presidente

Houve tantos comandantes

Com atuações brilhantes

O time seguiu em frente.

 

Vejam que time valente

É o Flamengo jogando

A sua comissão técnica

Sempre está atuando

Que esse time de raça

Conquiste mais uma taça

Para seguir avançando.

 

Nesse cordel vou lembrando

Os melhores resultados

As lembranças do passado

Os títulos conquistados

Que torcedor tem na mente

Vou lembrando simplesmente

Os troféus comemorados.

 

Todos temos concordado

Que  Zico foi importante

Jogador que marcou era

De um Flamengo reinante

Período áureo de Zico

Por isso eu classifico

Como sendo o mais brilhante.

 

O torcedor que é amante

Desse time brasileiro

Sabe que o clube é forte

Flamengo é time guerreiro

Um time sempre avante

É o time comandante

La do Rio de Janeiro.

 

Esse time de guerreiro

Por certo não vai parar

É o time rubro-negro

Tem camisa pra honrar

Trazer troféus nacionais

E outros estaduais

Há muitos pra conquistar.

 

Com certeza vai ganhar

Somar lá na galeria

Às dezenas de troféus

Taças que vi outro dia

E o torcedor vai vibrar

Pular, gritar e cantar

Com enorme euforia.

 

Bastinha é só alegria

Torcedora animada

Parece ser a defesa

Lá no Crato preparada

A flamenguista é destaque

As vezes está no ataque

Quando ela é provocada.

 

Tem torcida espalhada

Do “mengão” no interior

Por esse imenso Brasil

Até no exterior

Eu fui ver esse negócio

O “mengão tem tanto sócio

Seu  torcedor tem valor.

 

Conheço um torcedor

Um rubro negro contente

Mora em Angra dos Reis

Comerciante da gente

É um amigo bagagem

Ele só conta vantagem

As vezes penso que mente.

 

É um torcedor pé quente

Que participa, acompanha

Quando ele vai ao jogo

O Flamengo sempre ganha

A turma vai lá pedir

As vezes nem pode  ir

O pessoal faz barganha.

 

Seu apelido é “Montanha”

E ele me descreveu

A campanha de seu time

E comentários teceu

Me deu tanta informação

Fez até a relação

Onde o time venceu.

 

Tirou cópia e me deu

Eram mais de mil papéis

Dizendo que a torcida

É uma das mais fiéis

Ele morria de amor

Tinha coisas de valor

Organizada em painéis.

 

Taças, troféus e anéis

Flamengo colecionou

Tudo é fruto da luta

Que o time conquistou

Um acervo verdadeiro

Esse time brasileiro

Tanta vitória alcançou.

 

Muita gente me citou

Copa Sul americana

Copa das libertadores

A torcida se ufana

Flamengo nunca fez feio

Já venceu tanto torneio

A equipe é veterana.

 

Já ganhou fama e grana

É impossível contar

Nesse cordel tão pequeno

Não dar para declinar

As conquistas desse time

Ainda que eu me anime

Não daria pra citar.

 

Há muito para falar

Desse time nacional

Que representa a gente

No intercontinental

A torcida faz barulho

Contando do seu orgulho

A vibração é geral.

 

O cordel chega ao final

Mas a torcida na rua

Grita e pede ao poeta

Peço a você que inclua

Outra o “mengão” ganhou

O folheto terminou

A história continua.

 

 

 

 

 

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