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Cordel - GOIANIA – GO, Capital do Cerrado
Coluna do Cordel
Publicado em 05/09/2023

 Autor: IVALDO BATISTA

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Viajar pelo Brasil

Quem é que não gostaria

Conhecer cada Estado

Enche-nos de alegria

Cada paisagem que é vista

Ajuda o cordelista

A alegrar o seu dia.

 

Do Mato Grosso à Bahia

Tocantins, Minas Gerais

Entre estes, um Estado 

Um dos grandes maiorais

Na região Centro-Oeste

De beleza inconteste

Temos o Estado Goiás.

 

O cordel correndo atrás

Sagaz e determinado

Visitando as cidades

Conhecendo tal Estado

Finalmente esse andejo

Abraça o chão sertanejo

Goiânia, Flor do Cerrado.

 

No Brasil se tem falado

Das coisas boas daqui

Tive curiosidade

Por isso eu resolvi

Num cordel oficial

Falar com muita moral

Da Capital do Pequi.

 

De perto vim conferir

A História e tradição

O potencial nas artes

Daqui da população

Um povo aqui irmanado

Num monumento avistado

A mensagem de união.

 

Aqui está a nação

Quem imigrou para cá

Tem branco, negro e índio

Tem Ângela do Pará

Do sul tem Nasser Khalil

Esse imenso Brasil

Goiânia quis abraçar. 

 

Na praça pude avistar

Monumentos das três raças

Por tais contribuições 

Goiânia sempre dá graças

Rafael e Gabriela 

São representados nela

Numa das mais belas praças.

 

Esta cidade que abraça

Elielzo e Wilmar

Cristina lá de Canedo

Vem aqui pra passear 

De Anápolis Elisa

Pra todo mundo avisa

Venha aqui apreciar.

 

Tudo eu vou explicar

A partir do marco zero

Goiânia foi projetada

GETÚLIO disse: Eu quero 

Ocupar o Centro Oeste

Nesse projeto investe

Nessa ação foi severo.

 

Nesse cordel sou sincero

Em outubro foi o mês

Vinte e quatro foi o dia

O ano foi trinta e três (1933)

Três anos após a nação

Lembrada a Revolução

Que Getúlio Vargas fez.

 

Goiânia é tua vez

Vamos juntos celebrar

Tá faltando só um mês

Pra gente comemorar

Nesses teus NOVENTA ANOS

Os irmãos pernambucanos

Vêm te parabenizar.

 

Queremos saborear

O teu biscoito de queijo

Galinhada e guariroba 

Eu tenho esse desejo

De comer um pedacinho

De queijo “O enroladinho”

Aproveitando o ensejo.

 

Outra coisa que almejo

Sonhei com isto esse ano

Comer arroz com Pequi 

E o empadão goiano 

E também fiquei ciente

A pamonha é diferente

Do torrão gonzaguiano.

 

Gonzagão e Ariano

Também iriam gostar

Das receitas de comidas

Que anotei pra levar

Quem sair do Centro Oeste

E for andar no Nordeste

Vai poder saborear.

 

Agora vou passear

Andar por cada setor

Contar pra todo o país

Que gasta no exterior

Que Goiânia está tão bela

O goianiense zela 

Pela terra nutre amor.

 

De inestimável valor

São as suas tradições

Cavalhadas e Congadas

Outras manifestações

Procissão do fogaréu

Pra qual eu tiro o chapéu

Peço todas as moções.

 

Dentre as celebrações

Tem a “Festa do divino

Do Pai Eterno” que ocorre

Bem no fim do mês junino

É a festa da trindade

Que movimenta a cidade

Celebrando o Deus trino.

 

Neste ciclo natalino

Tem a Folia de Reis

Lá na Praça da matriz

Setor Campinas se fez

Lembrando os magos que um dia

Uma estrela seguia

Em dezembro ao fim do mês.

 

Pra quem gosta de turnês

Vem comigo visitar

Uns lugares em Goiânia

Eu quero aqui mostrar

Vem caminhar de manhã

Pelo Parque Flamboyant

Que você vai adorar.

 

Que tal irmos passear

Visitar a catedral

Depois da praça do sol

Vou ao mercado central

Com mais de cinquenta anos

Ponha aí em seus planos

Um passeio sem igual. 

.

Na programação local 

Tem sertanejo e viola

Nas rádios ouço a moda

O povo não se controla

Eu sou um “cabra da peste”

Mas aqui no Centro oeste

Tô vendo outra escola.

 

Peguei a minha sacola 

Fui num passeio a pé

Na Avenida Goiás

No relógio vê qual é 

Se o ano é quarenta e dois (1942)

Daí nós fomos depois

Na Praça Tamandaré.

 

Eu aprecio um café

E tomo toda tardinha

Mas em Goiânia gostei

Da guaraná mineirinha

Vi na tela o “Dragão”

Jogando contra o “Tigrão”

O “Verdão” com a tacinha.

 

Goiânia é tão verdinha

É lindo o centro urbano

Suas nascentes e córregos

Visto no cotidiano

Mostrando que a natureza

Confere à terra a beleza

Convivendo com o humano.

 

Goiânia sem oceano

Mas tem um mar de beleza

É a capital do Estado

Mostrando sua grandeza

No turismo de negócio

Nos festivais todo sócio

Fica feliz com a riqueza.

 

De Goiânia com certeza

Aqui eu quero contar

Sobre a capital verde

Como surgiu o lugar

Essa cidade querida

Há tempo já discutida

Eu vou agora falar.

 

Não se conseguiu mudar

No ano de oitenta e nove (1889)

Na chegada da República

Tal debate se promove

Apesar do zum zum zum

No ano noventa e um (1891)

Na carta não se resolve.

 

O rico metal não chove

Na antiga região

A antiga VILA BOA 

Perde na competição

Pra plantação e pro gado

Nas terras ao sul do Estado

Havia grande ascensão.

 

Foi só com a Revolução

De trinta que se alterou

Getúlio Vargas assumiu

O Brasil se transformou

Como chefe da nação

Nossa Constituição

Getúlio Invalidou.

 

Por decretos governou

Tá escrito nos anais

Interveio de maneira

Nos governos estaduais

Pôs aqui um interventor

Seu LUDOVICO, o doutor

Nomeou para Goiás.

 

Enfrentou lutas locais

Brigou com Oligarquia

Que não queria mudar

Mas nisto ele insistia

Nos versos aqui explico

Que Seu PEDRO LUDOVICO

TEIXEIRA assim agia.

 

Nesse tempo criaria

A tese da ligação

Do centro oeste ao sul

Visava aproximação

Dessa nova capital

Ao centro sul nacional

Foi por sua decisão.

 

Criou uma comissão

Pra estudar o local

Avaliar os estudos

Sobre o local ideal

Em uma localidade

Pra construir a cidade

Pra ser nova capital.

 

Um decreto estadual

Trinta e três, cinco nove (N 3359)

Dia dezoito de maio

Em trinta e três se resolve (1933)

LUDOVICO ganha o jogo

No córrego BOTAFOGO 

Que tal sonho se renove.

 

A terra é boa há quem prove

Concretizou-se a idéia

Nas fazendas: BOTAFOGO,

VACA BRAVA e CRIMEIA

No município CAMPINAS

De águas tão cristalinas

A Vaca braba é platéia. 

 

Tal qual uma epopéia

Esse feito é lembrado

Como memória de feitos

Nós temos comemorado

90 anos de história

Nesse momento de glória

LUDOVICO é saudado.

 

O projeto executado

Virou uma obra prima

Feito pelo arquiteto

ATTÍLIO CORRÊA LIMA

Que além de paisagista

Foi engenheiro urbanista

Por Paris tinha estima.

 

Foi lançada neste clima

A pedra fundamental

Em 24 de outubro

É data memorial

O ano é trinta e três (1933)

Eu vou dizer pra vocês

É niver da capital.

 

No projeto inicial

Cinquenta mil habitantes

Mas vinte anos depois

Crescimento irrelevante

Na década de cinquenta

Essa cidade ostenta

Um crescimento abundante.

 

Uns fatores importantes

Para esta expansão

A política de Getúlio

Pra interiorização

E a construção de Brasília

Goiânia abrigou família

Que passou na região.

 

Hoje a população

Mostrando ao mundo a que veio

Décima mais populosa

Mais de um milhão e meio 

Campo Grande e Cuiabá 

Só somando é que dá

Esse número eu creio.

 

No cordel fiz um passeio

Nesta missão me consagro

Aqui nesta região 

Neste folheto deflagro 

Trouxe aqui esta semente

Meu verso cordialmente

Planto na terra do agro.

 

Nesta viagem aqui trago

Todos os bairros na lista

Setores como BUENO

JARDIM GOIÁS e MARISTA 

PARQUE AMAZÔNIA e SERRINHA

Minha missão na terrinha

Começou na BELA VISTA.

 

Assim Ivaldo Batista

Do CENTRAL ao VILA ROSA

Passou em tantos setores 

Quantidade numerosa

O poeta cordelista

Gostou do setor Marista 

Uma área tão formosa.

 

Nesta terra preciosa

Nas regiões se investe

São sete as regiões

Centro, Sul e Sudoeste

Tem Noroeste e Norte

Um amigo que é reporte

Lembrou-me Leste e Oeste.

 

Se há alguém que conteste

O folheto apresentado

Levante a mão e fale

Ou então fique calado

Esse trabalho eu termino 

Com prazer hoje assino

Para ser compartilhado.

 

A todos muito obrigado

Por terem lido esse TREM

Goiânia de gente boa

Que diz: UAI e QUE NEM

Cheguei aqui de BUZU

Vindo de Caruaru

Gosto da ROÇA também.

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