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MONTEIRO LOBATO: Ícone da literatura infantil
15/04/2022 12:22 em Coluna do Cordel

Autor: IVALDO BATISTA

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Caro leitor do cordel

Atentem pra meu relato

Uso os versos e rimas

Para fazer um retrato

Neste folheto você

No momento irá lê

Sobre Monteiro Lobato.

 

Monteiro Lobato era

Jornalista, tradutor

Empresário, Fazendeiro

Agricultor, Editor

O público infantil

E o leitor juvenil

Adora esse escritor.

 

Nasceu lá em Taubaté

Um município paulista

No ano Oitenta e dois (1882)

Pesquisa do cordelista

Dia 18 de abril

Deste filho do Brasil

Também sou apologista.

A terra onde nasceu

Município Taubaté

Interior de São Paulo

Pertinho de Tremembé

No Vale do Paraíba

Que este folheto exiba

A vida deste José.

 

José Renato Monteiro

Lobato foi registrado

Tirou Renato e pôs Bento

Seu nome foi alterado

As letras iniciais

Do pai na bengala faz

O seu nome ser mudado.

 

O pai dele é José

Bento Marcondes Lobato

A mãe, Olímpia Monteiro

Foi quem despertou de fato

Nele o gosto pra leitura

Assim a literatura

Ganhou um talento nato.

 

Monteiro Lobato foi

Sujeito bem educado

Foi por sua genitora

Também alfabetizado

Tornou-se grande leitor

Graças aos livros do vô

Estava bem preparado.

 

Os seus primeiros estudos

Foi lá na terra natal

Aos 14 anos foi

Estudar na capital

Aos 16 perde o pai

Em seguida a mãe se vai

Ficando órfão ao final.

 

Tendo perdido seus pais

Referências de valor

O José Bento Monteiro

Lobato sente o amor

De quem está adotando

Ele acaba ficando

Aos cuidados do avô.

 

Lendo na biblioteca

Ao seu avô pertencente

Visconde de Tremembé 

Ficou mais inteligente

Lendo os livros infantis

Oxalá nosso país

Pra esse fato atente.

 

Visconde de Tremembé

O avô que o criou

No ano mil novecentos

Ao seu neto obrigou

Com dezoito de idade

Entrou para faculdade

De Direito que cursou.

 

Apesar da pretensão

Fez o que o avô mandou

Quis estudar Belas Artes

Jeito pra arte provou

Mas passados quatro anos

Diferente de seus planos

Em Direito se formou.

 

Com amigos estudantes

Lobato participava

Com Lino e Raul de Freitas

E Godofredo estava

Os quatro se reuniam

Dessa forma escreviam

E no jornal publicava.

 

Após sua formação

Para Taubaté voltou

E para promotoria

Fez concurso e passou

Assumindo de verdade

O cargo noutra cidade

Em Areias trabalhou.

 

Mil novecentos e sete

Começando a trabalhar

Mil novecentos e oito

Ele decide casar

Em 28 de março

Monteiro Lobato faço

Registro para constar.

 

O escritor se casou 

Com a Maria Pureza

Natividade de Souza

E Castro foi com certeza

Por sua genealogia

Garanto nesta poesia

Que pertenceu a Nobreza.

 

Monteiro Lobato é pai

Seus filhos eu vou citar

Tem a Marta e a Rute

Guilherme e Edgar

Sua esposa e rainha

Chamada de “Purezinha”

Juntos puderam criar. 

 

Mil novecentos e onze

Morre o avô de Monteiro

Lobato agora é

Da fazenda o herdeiro

Pra lá ele se mudou

Assim ele começou

Tornou-se um fazendeiro.

 

Nesta fazenda escreveu

“Boca torta” o primeiro

De uma série de contos

Do caipira brasileiro

Eu garanto a vocês

Na obra dele “Urupês”

É visão do fazendeiro.

 

Foi no ano dezessete (1917)

Que Monteiro anunciou

Vendeu a fazenda herdada

Dali ele se mudou

Foi morar em Caçapava

Nesta cidade que estava

Uma revista fundou.

Da Revista “Paraíba”

Ele foi o fundador

Da Revista do Brasil

Tornou-se o editor

Com viés nacionalista

Seja jornal ou revista

Foi sempre inovador.

 

Da cultura nacional

Foi sempre incentivador

E na arte literária

Sempre empreendedor

Nas editoras fundadas

E nas histórias criadas

Revelou o seu valor.

 

Monteiro Lobato foi

Um escritor de visão

Defendeu nossas riquezas

E a sua produção

Um desenvolvimentista

Quem sabe um nacionalista

Defendendo a nação.

 

Considerado um gênio

Da nossa literatura

Pra infanto-juvenil

Recomendo a leitura

Nosso Monteiro Lobato

De direito e de fato

Simboliza a cultura.

 

O brasileiro admira

Com Monteiro tem um elo

Ele faz parte de um sonho

Qual criança e um castelo

Eu nem preciso do lítio

Tenho lembranças do Sítio

Do Picapau Amarelo.

 

No dia quatro de julho

Parte da arte morreu

Foi ano quarenta e oito (1948)

Que isto aconteceu

A vida deu ultimato

Morreu Monteiro Lobato

O Brasil se comoveu.

 

Seu coração protestou

Mas seu viver é lembrado

A humanidade hoje

O tem reverenciado

Seu nome é referência

Com sua inteligência

Deixou-nos grande legado.

 

Apesar de conhecido

Como autor infantil

Monteiro Lobato é

Lembrado no mês abril

Por ele ser grande vulto

Até no público adulto

É escritor nota mil.

 

Neste projeto Marista

Que vivencia de fato

Essa data importante

Por isso aqui no ato

Eu me tornei narrador

Da vida do escritor

Grande Monteiro Lobato.

 

Pretendi neste cordel

Sonhar qual uma criança

Lembrar as lindas histórias

Reviver a esperança

Trazer Monteiro Lobato

Esse escritor de fato

Está em nossa lembrança.

 

Vem Saci, tia Anastácia

Emília e Narizinho

Barnabé e Dona Benta

Rabicó, Quindim, Pedrinho

Visconde de Sabugosa

Ai que lembrança gostosa

Pra eu não sonhar sozinho.

 

Estou grato aos leitores

Que deram uma conferida

Folheando estas páginas

Por cada estrofe lida

Espero que não se gabem

Agora que vocês sabem

Monteiro Lobato é vida.

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