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Pinto do Acordeon: “Minha vida é a música”
21/07/2020 16:12 em Notícias

Natural de Conceição, na Paraiba, onde nasceu no dia 19 de fevereiro de 1948, Francisco Ferreira Lima ou Pinto do Acordeon foi morar em Patos, cidade tambem da Paraiba em meados de 1960. Quando menino interessou-se pela música e era aficionado por acordeon. Mas o primeiro instrumento que tocou foi a tuba. Pinto fez parte da banda de música da sua cidade. Depois tocou  pandeiro, órgão e aos 14 anos começou a tocar  sanfona. Ele tornou-se popular a partir de apresentações que realizava junto à trupe de Luiz Gonzaga.         

Pinto cresceu trabalhando no pesado durante o dia e estudando a noite. Pouco tempo dispunha para se dedicar à musica. Mesmo assim se tornou um ícone da musica regional.        

Gravou seu primeiro LP em 1976 e na atualidade detém mais de vinte e cinco álbuns gravados em seu nome (entre CDs e LPs), já tendo composto músicas para Elba Ramalho, Genival Lacerda, Dominguinhos, Fagner, Os 3 do Nordeste e Trio Nordestino. Um de seus sucessos, “Neném Mulher”, ficou consagrada na voz de Elba Ramalho e foi tema da telenovela “Tieta”, da Rede Globo.     

Em 2008, Pinto foi para o Festival de Montreux, Suíça, no qual se apresentou junto com outros artistas brasileiros, como Gilberto Gil, Elba Ramalho, Milton Nascimento, Flavio José, entre outros. Ao longo de sua carreira já compôs 280 obras e gravou 486 músicas de vários compositores.           

Pinto foi eleito vereador de João Pessoa, capital da Paraíba, para exercer o mandato entre os anos de 1993 e 1997.           

A história do músico sertanejo também foi contada no documentário “O Brasil da Sanfona”, do cineasta Sérgio Rozenblit, que reúne mais de 50 sanfoneiros, e no livro biográfico “Por Amor ao Forró – Pinto do Acordeon”, de autoria do escritor Ornaldo Rocha de Queiroga.       

Admirador do “Rei do Baião”, principalmente pelo apoio que lhe deu no inicio de sua carreira, Pinto do Acordeon costumava dizer que Luiz Gonzaga foi o seu espelho. Apesar de uma infância sem brincadeiras e ter que trabalhar muito, Pinto se considerava feliz, se dizia um homem realizado.

O músico paraibano Pinto do Acordeon morreu na madrugada desta terça-feira (21), aos 70 anos, vítima de um câncer.

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