Foi preciso se pensar em extinguir o Ministério da Cultura para se pensar agora numa revisão da Lei Rouanet, criada no Governo Fernando Collor e que se tornou, na maioria das vezes, um meio legalizado de desvio de verbas publicas, incentivando um pequeno grupo de artistas privilegiados do País, em detrimento do artista popular, que continua sem recursos para promover a sua arte.
Lamentável que essa Lei não tenha estimulado algumas categorias da arte popular, como o mamulengueiro, o ceramista, o cordelista, e as bandas de pífanos, que engrandecem o que há de mais genuíno e tradicional entre todas as manifestações da arte popular.
Sem apoio governamental, esses grupos vão perdendo fôlego, empobrecendo a nossa cultura popular. Não desapareceram inteiramente porque a tradição vai passando de pai para filho, de geração a geração. É preciso que se repense que o Nordeste existe e constitui um manancial de expressivos artistas que merecem ser respeitados e reconhecidos. Principalmente pelos que cuidam do dinheiro publico.