Foram 90 anos de vida, 60 deles dedicados à música matuta brasileira. Chamava-se Inezita Barroso, como o Brasil a conheceu, ou Ignês Magdalena de Aranha Lima, filha de família de cultivadores de café em São Paulo. Ela foi a primeira cantora a gravar modas de viola. Ficou conhecida como a maior defensora da musica interiorana e do nosso folclore.
Inezita conquistou o publico tanto interpretando musicas de viola como apresentando o programa “Viola, minha viola”, que ela comandou até antes de morrer na TV-Cultura, de São Paulo. Antes disso, na década de 1950, comandou programa no mesmo estilo na TV-Record.
Durante sua trajetória como cantora gravou 80 discos, inclusive músicas de autores pernambucanos, como Capiba (“Cais do Porto”), mas sempre preservou a sua opção pela musica de raiz. Formada em Biblioteconomia, pela USP, ela pesquisou e ministrou aulas sobre as raízes da cultura brasileira na Universidade de São Paulo.
No dia 8 de março de 2015, quatro dias depois de completar 90 anos, Inezita Barroso faleceu vitima de insuficiência respiratória. As últimas homenagens a rainha da musica caipira foram prestadas na Assembléia Legislativa, na capital paulista, de onde seu corpo depois foi sepultado no Cemitério Getsemani, no Morumbi.