Offline
A música perde Naná Vasconcelos
Notícias
Publicado em 30/03/2016

Percursionista considerado um dos melhores do mundo,  Naná Vasconcelos, de 71 anos de idade, faleceu na manhã desta quarta-feira (9.3), vitima de um câncer de pulmão. 

Juvenal de Holanda Vasconcelos ganhou o apelido de Naná de sua avó, quando ainda criança. Logo cedo se dedicou à musica, que ele considerava a grande energia de sua vida. Aos 12 anos de idade, tocava em bares e casas noturnas, ao lado do pai. Costumava usar as panelas de sua casa como se fossem instrumentos de percussão. Nunca freqüentou escola ou cursos de musica. Era um autodidata.   Por volta de 1960,   decidiu deixar o Recife e ir morar no Rio de Janeiro, onde começou a se destacar gravando dois discos com Milton Nascimento.  Teve participações importantes ao lado de Geraldo Azevedo, Caetano Veloso, Marisa Monte e Mundo Livre S/A.   

Sua obra ganhou repercussão fora do Pais e ele chegou a gravar com B.B. King,  David Bynne e outros consagrados nomes da musica norte-americana. fez trilhas sonoras para filmes nacionais e internacionais. Foi eleito  por revistas  especializadas nos Estados Unidos como o melhor percursionista do mundo, ganhando 8 Prêmios Grammys. Naná também era uma pessoa preocupada com os mais carentes, sendo responsável por diversos projetos sociais,  ensinando musica nas comunidades pobres do Recife. 

Apaixonado pelo maracatu e os ritmos afros, reunia,  quase mil batuqueiros para abrir, todos os anos,  o Carnaval do Recife no Marco Zero. Já doente,  participou desse momento grandioso dos festejos de Momo, empolgando milhares  de foliões com a sua genialidade e seu extraordinário talento.

Comentários