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A importância da gastronomia e economia no ciclo junino
30/06/2024 06:49 em Notícias

No Nordeste, por exemplo, o milho é protagonista dos festejos, sendo ingrediente principal de pratos como pamonha, canjica e mungunzá

No mês de Junho, temos uma das festas mais celebradas do Brasil, a do ciclo Junino ou também conhecida como festas de Santo Antônio, São João e São Pedro. Chegando oficialmente no início de Junho com o dia de Santo Antônio e o Dia dos Namorados, passando pelo ápice dos festejos que é no São João e finalizando no São Pedro dia 29/06. Segundo o Ministério do Turismo, existem 400 eventos cadastrados no mês de junho, a maioria deles é festejo junino. De canto a canto do país, a gastronomia típica desse período é muito celebrada e saboreada.

Sejam na sua forma tradicional ou adaptada à contemporaneidade. No Nordeste, por exemplo, o milho é protagonista dos festejos, sendo ingrediente principal de pratos como pamonha, canjica, mungunzá e também sendo consumido na forma cozida ou assado. Em menor proporção, porém, muito procurados os derivados da mandioca, como: os bolos de mandioca, pé de moleque, manuê, o bolo barra branca e o cuscuz branco. Estas preparações, são oriundas da nossa herança gastronômica afro indígena, mas também sofreram influência colonial.

A gastronomia desse período é muito celebrada, bem como sua importância para a economia regional. Pois, para além do ciclo junino, muitos comerciantes produzem algumas dessas preparações o ano inteiro. Dela tiram seu sustento, ao passo que preservam essa tradição gastronômica. A exemplo da Feira de São Cristóvão no RJ, no Centro de Tradições Nordestinas em SP que são verdadeiras referências da gastronomia para nordestinos que estão fora dos seus estados de origem.

Em uma realidade mais próxima, aqui em Pernambuco, já podemos encontrar algumas docerias que produzem brigadeiro de canjica de forma sazonal, exclusivamente para esse período. Bem como, é possível encontrar também no centro do Recife, na RMR e em outros municípios fora deste perímetro, esses produtos sendo vendidos diariamente. A canjica, pamonha, milho cozido ou assado. Assim, torna-se nítida a influência dessa culinária tradicional, na movimentação econômica destes lugares. O que também tem influenciado a presença desse produtos ou de sua matéria-prima nos cardápios de alguns estabelecimentos de alimentação com grande influência no estado.

 

Dianne Sousa – Assessora de Gastronomia da Secult/PE

Manoelly Vera Cruz – Assistente da Assessoria de Gastronomia da Secult/PE

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